“Uma ideia na cabeça e uma mochila nas costas” é o lema dos mochileiros, viajantes que buscam uma forma mais livre e horizontal de viagens, conhecidas como “mochilões”. A motivação para se viajar muitas vezes parte de uma vontade incontrolável de apenas ir, sair, caminhar, percorrer caminhos ora com roteiros definidos ora sem rumos pré-estabelecidos para conhecer novos lugares, pessoas, culturas para sentir emoções que apenas a desautomatização do cotidiano através de “espaços poéticos” sentidos pelo mochileiro é capaz de criar.
O mochileiro é um viajante singular, suas características logo são notadas, a mais notória é o “mochilão”, uma grande mochila com diversos compartimentos na qual toda a bagagem pessoal é transportada nas costas. Ele leva apenas o que cabe nela e o que o seu corpo pode aguentar de peso, o ideal é levar o mínimo de coisas possíveis, pois a viagem tem que ser leve, prazerosa, dinâmica. O peso pode ser um empecilho, já que a leveza é uma busca sustentável do ser viajante mochileiro. Outro elemento é o calçado, uma bota impermeável (marrom ou preta), na maioria das vezes, resistente e confortável em todos os terrenos.

O mochileiro não busca o conforto de hotéis caros, repletos de constelações; pelo contrário, o hostel é o seu lugar de descanso predileto onde pode dividir um quarto com quatro, seis, nove ou mesmo doze camas com pessoas de diversas nacionalidades. O hostel é a habitação coletiva, uma comuna internacional onde se pode cozinhar e comer em conjunto, ler obras de diversos viajantes, brincar com mascotes, ou ainda ajudar na conservação do espaço. Ele é uma zona autônoma temporária para os mochileiros e um canal de diálogo com a cultura local.

0 comentários:
Postar um comentário