Os Beatles e a Linguagem Audiovisual Pop

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Bibliografia básica do curso:
História da música / Estética musical / Linguagem musical
ALALEONA, Domingos. História da música. 12 ed. São Paulo: Ricordi, 1978.
HOBSBAWN, Eric. A era dos impérios: 1875 – 1914. 7 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2002.
HOBSBAWN, Eric. As artes pós 1950. In: __. Era dos extremos: o breve século XX – 1914– 1991. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
ROSS, Alex. O resto é ruído: escutando a música do século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
SCHAFER, Murray. Ouvido pensante. São Paulo: Editora unesp, 1991.
TATIT, Luiz. Semiótica da canção: melodia e letra. São Paulo: Escuta, 1994.
WISNIK, José Miguel. O som e o sentido. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

Jazz
BERENDT, Joachin. O jazz: do rag ao rock. São Paulo: Perspectiva, 1975.
BLESH, Rudi. Combo: oito histórias do jazz. São Paulo: Cultrix, 1974.
HOBSBAWN, Eric. História social do jazz. 6 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2009.
SCHULLER, Günther. O velho jazz: suas raízes e seu desenvolvimento musical. São Paulo: Cultrix, 1970.
STEARNS, Marshal. A história do jazz. São Paulo: Martins, 1964.

Blues
MYRUS, Donald. Baladas, blues e música jovem. Rio de Janeiro: Lidado, 1970.
OLIVER, Paul. The meaning of the blues. New York: Collier books, 1982.
RIBEIRO, HELTON. Blues. São Paulo: Abril, 2005.

Rock’n roll / Rock / Música Pop
BANGS, Lester. Reações psicóticas. São Paulo: Conrad, 2005.
CESAR, Lígia Vieira. Poesia e Política Nas Canções de Bob Dylan e Chico Buarque. São Carlos: Editora da UFSCAR, 1993.
CORRÊIA, Tupâ. Rock: nos passos da moda – mídia, consumo e mercado cultural. Campinas: Papyrus, 1989.
VEHARA, Helena. Joy division – New order: nada é mera coincidência. São Paulo: Landy, 2006.
FROÉS, Marcelo. Bob Dylan por ele mesmo. São Paulo: Martin claret, 1994.
COSTA, Jéferson Magno. A mensagem oculta do rock. Rio de Janeiro: Casa publicadora das assembléias de deus, 1986.
JANOTTI Jr., Jeder. Aumenta que isso aí é rock’n’roll: mídia, gênero musical e identidade. Rio de Janeiro: E-Papers serviços editoriais, 2003.
McNeil, Legs. Mate-me, por favor. Porto Alegre: L&PM, 2001. 2v.
LEMOS, José Augusto. Rock’n’roll. São Paulo: Abril, 2003.

Cinema / Audiovisual
ARISTARCO, Guido. O novo mundo das imagens eletrônicas. Lisboa: Edições 70, 1985.
GILLES, Marsolais. Monterey pop – D. A. Pennebaker. In:__. L’anventure du cinema direct. Paris: Seghers, 1974. p. 235 – 245.
GOODWIN, Andrew. Dancing in the distraction factory: music, television and popular culture. Minneapolis: University of Minneapolis, 1992.
NEAVERSON, Bob. The Beatles movies. Londres: Cassel, 1997.

Teoria e Sociologia da comunicação
DELEFLEUR, Malvin. Teorias da comunicação de massas. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1997.
FAGEN, Richard. Política e comunicação. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1971.
LIMA, Luiz Costa (org). Teoria da cultura de massas. 4 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1990.
LOPES, Edward. Fundamentos da lingüística contemporânea. São Paulo: Cultrix, 1995.
MOLLES, Abrahan. Teoria da informação e percepção estética. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 1969.
PIGNATARI, Décio. Informação, linguagem e comunicação. São Paulo: Perspectiva, 1969.

The Beatles

DIRANI, Cláudio. Paul MacCartney: todos os segredos da carreira solo. São Paulo: Lira, 2005.
FERAZ, Bento. The Beatles: 50 anos depois. São Paulo: DBA, 2008.
HEYLIN, Clinton. Sgt. Peppe’s Lonely Hearts Club Band: um ano na vida do Beatles e amigos. São Paulo: Conrad, 2007.
MILLES, Barry. Paul MacCartney: many years from now. São Paulo; DBA, 2005.
MUGGIATI, Roberto. A revolução dos Beatles. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997.
NORMAN, Philip. John Lennon. São Paulo: Companhia das letras, 2009.
NORMAN, Philip. Shout! The Beatles in their generation. New York: Fireside, 1981.
PACHECO, Lívia de Morais. The north of England way: um estudo das estratégias audiovisuais dos filmes dos Beatles. Monografia – Comunicação social e jornalismo. Universidade Federal da Bahia, 2005. UFBA.
QUANTICK, David. Revolution: the making of the Beatles’s white album. London: Unanimous, 2002.
RUSSEL, Jeff. The Beatles: gravações comentadas e discografia completa. São Paulo: Larousse, 2009.
SPITZ, Bob. The Beatles. São Paulo: Larousse, 2008.
TURNER, Steve. The Beatles: a história por trás de todas as canções. São Paulo: Cosacnaif, 2009.
WENNER, Jans. Lembranças de Lennon. São Paulo: Conrad, 2001.

Documentários

BOB DYALN - DON’T LOOK BACK. Dir. D. A. Pennabaker. (EUA, 1966)
THE BEATLES ANTHOLOGY. Dir. Bob Smeaton. (U. K., 1995)
BOB DYALN - NO DIRECTION HOME. Dir. Martin Scorsese. (EUA, 2005)
GEORGE HARRISON: THE QUIET ONE. (U. K., 2001)
JOHN LENNON - IMAGINE MOVIE. (U. K., 1989)
ATRAVESSANDO A PONTE DE ISTAMBUL. Dir. Faith Akin (Alemanha, 2005)
BOTINADA: A HISTÓrIA DO MOVIMENTO PUNK NO BRASIL. Dir. Gastão Moreira. (Brasil, 2003)
HYPE. (EUA, 1996)
SYMPATHY FOR THE DEVIL. Dir. Jean-Luc Godard. (U. K., 1967)
BLUES - ROCK - FESTIVAL EXPRESS. Dir. Bob Smeaton (EUA, 1970)
THE ROLLING STONES – GIMME SHELTER. (EUA, 1969)
INSIDE PINK FLOYD – A CRITICAL REVIEW – 1967 – 1974. (EUA, 2008)
BRYAN WILSON – SMILE. (EUA, 2005)
BLUES - UMA JORNADA MUSICAl. Dir. Win Wendres; Martin Scorsese, Clint Eastwood. (EUA, 2003)
A HISTÓRIA DO JAZZ. (EUA, 1993)

Cine Campus: Bob Dylan

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Zimmerman NO DIRECTION HOME Dylan
por Breno Rodrigues de Paula

Na sua famosa composição niilística “God”, John Lennon enumera vários nomes que ele não acredita. Dentre estes nomes está o de Robert Zimmerman. Indagado, em uma célebre entrevista para a revista Rolling Stone em 1970, o porquê de ter dito não acreditar em Zimmerman ao invés de Dylan, Lennon diz que não acredita em Dylan e que há apenas Zimmerman. No documentário “No Direction Home”, dirigido por Martin Scorsese, pode-se ver justamente a transformação de Robert Zimmerman em Bob Dylan-, da sua infância em Hibbling-Minnesota, EUA, até a sua grande turnê européia em 1966, no qual Dylan era Bob Dylan.

A estrutura do documentário é simples e seus aspectos formais são tradicionais dentro do gênero. Há o depoimento de Dylan, contando fatos de sua vida, acontecimentos de sua carreira, além de seus próprios comentários sobre todo o conteúdo da narrativa. Os depoimentos de Dylan mesclam-se com entrevistas de pessoas que conviveram com o “Menestreu” como Joan Baez, Allen Ginsberg, Dave von Ronk, Suze Rotolo, Pete Seeger dentre outros. Os depoimentos e as entrevistas se amalgamam com vídeos, fotos e entrevistas da época, além das performances de Dylan e sua banda.

A temática do documentário é divida em temas que tentam desvendar a “metamorfose” e os restícios de Zimmerman em Dylan. A passagem, ou melhor dizendo, a fusão da música Folk com o Blues e o Rock. Cada tema é introduzido por uma performance de Dylan, o que sintetiza e introduz a temática do capítulo.

O documentário mostra todos os dramas e as etapas da passagem de Zimmerman para Dylan-, no plano musical, bem como as implicações e conseqüências desta mudança para a música Folk e para a música Pop. O cantor de músicas de protesto, que cantou na histórica marcha pelos direitos civis em Washington, onde Martin Luther King fez o seu mais célebre discurso, é vaiado poucos anos depois por usar percussão e guitarra elétrica -, é então chamado de traidor da música Folk.

Um dos pontos altos do documentário é o capítulo reservado à música “Like a Rolling Stone”. Todo o processo de composição, de gravação e de lançamento é mostrado. “Like a Rolling Stone” é um marco para a história da música Serial do século XX, por ter ampliado as possibilidades formais da música Pop. A canção não estaria mais presa a uma forma fixa, pequena e limitada-, seus limites formais foram ampliados.

Por quantas estradas um homem deve caminhar para que o chamem de homem? No documentário “No Direction Home”, Martin Scorsese caminha até o ano de 1966, no qual o mundo passou a conhecer apenas e somente Bob Dylan. Ao final de 208 minutos de documentário podemos entender o que foi e o que é Bob Dylan. Podemos conhecer mais profundamente um gênio por trás de grandes composições como “Blowin’ In The Wind”, “A Hard Rain’s A- Gonna Fall”, “Subterranean HomesickBlues”, “Mr. Tambourine Man” e, é claro, “Like a Rolling Stone” e ter certeza que os gênios fazem as suas próprias regras. Mas Zimmerman e Dylan ainda possuem traços em comum, o primeiro é Robert, o segundo, Bob, este diminutivo daquele.

Curso: Os Beatles e a Linguagem Audiovisual Pop

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Cine Campus

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Cine Campus e Debate: Haiti

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O Blues da Encruzilhada

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O Diabo na rua toca guitarra-, o Homem na Encruzilhada dedilha a escala. A tônica cai na oitava, a nota triste-, evoca cinco vezes. O Diabo na rua no meio da Encruzilhada.
Robert Johnson músico meíocre, foi à Encruzilhada-, desafiou, escalou. Fausto pactuou com Mefistófeles, viu a Walpurgisnacht: dançou, cantou-, aprendeu. Riobaldo Tatarana fechou o corpo, na Veredas mortas-, tornou-se Urutu Branco.

As pessoas falam do que ouvem, o Diabo evocado na encruzilhada-, houve o dedilhar. Afinado está, FAz-se trítono-, SE ao mesmo tempo estiver nos quintos. Está na encruzilhada, sabe tocar-, sobe o Rio. A corrente, o apito do trem-, café com pão. Libertinagem, estrela da vida inteira-, Teresa. A balada da encruzilhada, o magro senhor Jão-, um dia da vida.

Johnson com a faca à mão evoca-O, sabe a prece-, possui a nota. O Blues da encruzilhada, ele e o Diabo-, na rua no meio do redemoinho. As pessoas falam da encruzilhada. Meu amigo Meioquilo, viu ele parado-, dedilhando. Em uma tõnica de cinco, uma oitava-, blue note. Está na encruzilhada, as pessoas falam da música-, que aprendi:

Encruzilhada
O homem caído, o sol no dorso.
Deitado com a face ao chão,
Regurgita a terra.
Pensa, passou além da dor.

Vira-se, vê o céu.
Seu joelho sangra, o corpo treme.
A luz cega-lhe-, está radiante.
Por instantes, aquece-o.

Uma sombra projeta-se na face.
O corpo ainda treme,
O redemoinho sibila.

A esfera circunspecta para.
Ele gira, abre-se a Rosa.
A Estrela da Manhã brilha etérea.

O Sétimo Selo de Ingmar Bergman

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Na maioria das vezes, o Artista conjuga o seu nome junto com a sua obra, de modo que ele torna-se sinônimo de sua criação. É o que acontece com os cineastas sueco Ingmar Bergman. Não conseguimos dissociar filmes tais como: “Monika e o desejo” (Sommaren med Monika) – 1952, “O sétimo selo” (Det sjunde inseglet) – 1956, “Morangos silvestres” (Smultronstallet) – 1957, “Gritos e sussurros” (Viskningar och rop) – 1972, “Sonata de outono” (Höstsonaten) do nome Bergman. Bergman foi um gênio que se dedicou à produzir belos filmes, como um dos mais importante, não só de Bergman, mas também da Sétima Arte: “O Sétimo Selo”.

Poucas obras artísticas, criada pelo homem, na sua eterna e incessante busca pelo conhecimento do mundo e de si próprio, retratam de forma tão poética e profunda os anseios do homem na busca da sua constituição metafísica como o filme de Bergman “O sétimo selo” (Detsjunde inseglet) – 1956. No filme, após dez anos, um cavaleiro Antonius Block (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o seu país (Suécia) devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca. Aqui a morte é o cerne da questão levantada por Bergman. A principal questão metafísica humana: seria a morte a principal manifestação empírica da realidade ou a mera condição que o homem está sujeito aos caprichos divinos de Deus, do Diabo ou da Morte. Estas questões, inserem-se, no filme, numa conjuntura caótica e angustiante para o cavaleiro e seu escudeiro.

A cena do jogo de xadrez com a Morte, mostra-se de beleza estética cinematográfica única na sétima arte. Após acordar na praia, o cavaleiro lava o seu rosto e reza baixinho, ao virar a sua face para trás, ele defronta-se com a figura da Morte. Assustado e com medo, o cavaleiro pergunta se a Morte gostaria de jogar xadrez, já que lerá que todos jogam xadrez, inclusive a Morte. A morte acha que isto é uma artimanha do cavaleiro para que não seja “levado”, mas concorda em iniciar a partida. O interessante que a Morte não é retratada como a irmã mais velha dos “perpétuos” ou como uma entidade monstruosa, na acepção física, ela se aprece com um homem e se veste como um monge. Nos intervalos dos lances, o cavaleiro e seu escudeiro andam pela vila e presenciam diversos acontecimentos como a morte de uma feiticeira, que supostamente havia mantido relações sexuais com o demônio, na fogueira. Conhecem uma trupe de artista e conhece Mia e Jof, que lhe dão morangos e leite, como num ritual semelhante à “Santa Ceia”.

Prossegue a partida de xadrez e o cavaleiro leva xeque – mate da Morte, que o informa que ele será levado na manhã seguinte. A Morte iniciou o jogo sabendo que ninguém pode vencê-la. Mesmo com táticas e estratégias do xadrez, o cavaleiro não pode vencer a morte. Todos dançam, ao final, a sua música, todos de mãos dadas. Todos sobem a colina ritmicamente fazem passos coordenados, cíclicos. Mas o silêncio da abertura do sétimo é quebrado pela dança da morte, que com a sua música, assim como o Flautista de Hamelin, leva os homens a conhecer a sua mais complexa realidade: a existência humana.

Bergman retratara o homem frente às questões tais como a morte, Deus, Diabo, efemeridade da vida, solidão, alienação. Em suma, retratara o homem na busca da transcendência da sua condição meramente humana, através da única forma que o homem tem para transcendê-la: a Arte.
Trailer


Cine Campus: OldBoy

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Encontros Inusitados-, Contatos Musicais Imediatos.

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Não basta estar na hora certa, no lugar certo-, haveria de estar no famoso Estúdio de Gravação SUN RECORDS em Memphis, Tennessee, nos Estados Unidos, no dia 04 de
dezembro de 1956-, para encontrar Elvis Presley, Carl Perkins, Jerry Lee Lewis e Johnny Cash-, todos juntos com o lendário produtor Sam Phillips. Alguns cantaram mais que os outros: solo, em duo, em trio-, outro somente observou.

Não bateria à porta do estúdio, às 15h30-, estariam gravando Carl Perkins e Jerry Lee Lewis. Poucos minutos depois, Elvis entraria para cumprimentar o amigo produtor-, Johnny Cash se encontraria dentro, com a esposa impaciente-, querendo fazer compras. Os quatro grandes nomes do Rock'n'roll, Hillbilly, Rockabilly-, Cash sai sem cantar, mas permanesse alguns imediatos minutos.

Sam, sabiamente, documenta a JAM SESSION-, algumas fotos são tiradas. Se a June Carter aceitasse o primeiro pedido de casamento, o Homem de Preto cantaria na sessão-, não compraria um armário de cozinha. O maior encontro inusitado, com contatos musicais jamais igualados-, uma reunião histórica. Sem um DeLorean, aumento o volume-, The Million Dollar Quartet. Um para cada, o disco tem 15 faixas. Não bata na porta. Ouça do lado de fora. Ah!!!!! June, sim dissesse.


Cine Campus: Semana do Bixo

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