Cine Campus: Blow Up

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Cultural Games

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O formato do Cultural Games é muito interessante: equipes disputam um jogo de perguntas e respostas com temáticas culturais. Os temas variam de cinema, literatura, artes visuais, história, à geografia, atualidades, dependendo da proposta do local realizador do jogo. Para a equipe vencedora há sempre uma premiação. Toda a última quinta-feira do mês é realizado o “Cultural Games” da Casa da Cultura, no Teatro “Wallace Leal Valentim Rodrigues” às 19h30. O evento é promovido e organizado pelo MIS (Museu da Imagem e do Som “Maestro José Tescari”) e é apresentado por Luis Augusto Zakaib, com o apoio da AAPA (Associação Araraquarense de Proteção aos Animais), que é responsável pela venda de bebidas e salgados.
As regras do Cultural Games da Casa da Cultura são simples: vence a equipe que primeiro chegar a pontuação de quatorze perguntas respondidas. Cada pergunta é direcionada para todas as equipes, que devem respondê-las, após quinze segundos, em um quadro. A equipe, ou equipes, que acertarem a resposta recebe um ponto. Há um grande quadro com os nomes da equipes, que são sempre originais e criativos, e com a pontuação. Ainda há uma grande rivalidade entre algumas, o que torna o jogo mais disputado, além de divertido e engraçado, quando ocorrem calorosas e amigáveis discussões entre as equipes.

Cada equipe deve ter, no máximo, seis membros. A premiação é composta por um kit montado pelo MIS, contendo livros de literatura, de música, além de camisetas e CDs. Ocorrem, em média, de três a quatro rodadas por edição. Há ainda um rank com a pontuação obtida pelas equipes ao longo dos meses, o que aumenta ainda mais a competitividade entre elas. A primeira equipe recebe dez pontos; a segunda recebe quatro pontos e a terceira recebe um ponto.

Na última quinta-feira, ocorreu mais uma edição do Cultural Games na Casa da Cultura, com a participação de seis equipes: Liga; Bad Cow; Cold; Charles Bronson; Klint; Kamikazi. Ocorreram três rodadas. Na primeira rodada, a “Liga Extraordinária” e a Charles Bronson empataram na primeira colocação, a segunda rodada foi vencida pela Charles Bronson e a terceira rodada vencida pela Liga. Aliás, estas duas equipes centram-se na disputa a cada rodada e a cada edição, deixando as outras equipes pra trás.

Os participantes compõem um grupo heterogêneo, desde profissionais liberais a estudantes secundaristas e universitários, passando por profissionais de diversas áreas. A faixa etária também varia muito. Esta heterogeneidade é um dos pontos positivos do Cultural Games, pois colocam em contato pessoas de idades e formações diferentes em torno de um jogo divertido e instrutivo.

Ao final de mais de duas horas de jogo e após três rodadas, é impossível não se envolver na disputa. As perguntas são sempre inteligentes e variadas, o que obriga cada equipe a ter “especialistas em determinados assuntos”. O Cultural Games já possui participantes fieis que não perdem nenhum edição do jogo. Ele é uma boa oportunidade de diversão e de testar os conhecimentos dos participantes, além de ser uma excelente oportunidade de aprendizagem, pois até no erro pode-se aprender. No acerto, pode-se ganhar diversos prêmios.

Projeto “Cinema em Série”

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Araraquara é uma cidade privilegiada e um ótimo recanto para os apreciadores da Sétima Arte. Há vários projetos, em várias partes da cidade, que exibem filmes gratuitamente, como o projeto “Ciclo de filmes”, no SESC; a “Sessão Zoom; Cine Campus; “Mostra de Cinema”, no SESI e o mais novo projeto: “Cinema em Série”. O projeto ocorre mensalmente, desde março de 2008, na Casa da Cultura “ Luiz Antônio Martinez Correia” com a exibição de um filme por semana, sempre às segundas-feiras às 20h, na Sala Jean-Paul Sartre, com entrada gratuita.

Mensalmente são escolhidos quatro filmes dentro de uma temática específica. A curadoria fica por conta de Elias Martins Araújo. Ele ressalta que o objetivo do projeto é divulgar filmes que estão fora do “eixo comercial” e que, portanto, não se encontram facilmente em vídeo locadoras. Além do mais, em algumas temáticas são convidados especialistas na área para que debatam e apresentem as características do filme e do ciclo em questão.

Neste mês, a temática do projeto será a de “Diretores Araraquarenses”. Serão exibidas produções que foram realizadas em Araraquara ou de diretores da cidade. Participarão diretores como Rubens Miranda, Paulo Delline, Beletti, quase todos produzidos pela “Casa do Saci”. Após as sessões, ocorrerá um debate com o diretores dos respectivos filmes. O público terá uma boa oportunidade para dialogar com os realizadores e produtores araraquarenses.

A escolha do tema deste mês ressalta a grande quantidade de filmes produzidos e dirigidos por pessoas ligadas à cidade de Araraquara. A cidade se mostra, desta forma, não só como uma grande divulgadora da Sétima Arte, mas também como um excelente pólo realizador, produzindo filmes de boa qualidade, sejam Curtas, Médias ou Documentários.


Programações do projeto:
Março: Irmãos Marx
Abril: Mel Brooks
Maio: Terror
Junho: Expressionismo
Julho: Mazzaropi
Agosto: Diretores Araraquarenses
Casa da Cultura "Luiz Antonio Martinez Corrêa"
End.:
Rua São Bento, 909Bairro: CentroCidade: AraraquaraFone: (16) 3322-7390 / (16) 3301-5179

Cine Campus: Laranja Mecânica

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Zimmerman "NO DIRECTION HOME" Dylan

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Na sua famosa composição niilística “God”, John Lennon enumera vários nomes que ele não acredita. Dentre estes nomes está o de Robert Zimmerman. Indagado, em uma célebre entrevista para a revista Rolling Stone em 1970, o porquê de ter dito não acreditar em Zimmerman ao invés de Dylan, Lennon diz que não acredita em Dylan e que há apenas Zimmerman. No documentário “No Direction Home”, dirigido por Martin Scorsese, pode-se ver justamente a transformação de Robert Zimmerman em Bob Dylan-, da sua infância em Hibbling-Minnesota, EUA, até a sua grande turnê européia em 1966, no qual Dylan era Bob Dylan.

A estrutura do documentário é simples e seus aspectos formais são tradicionais dentro do gênero. Há o depoimento de Dylan, contando fatos de sua vida, acontecimentos de sua carreira, além de seus próprios comentários sobre todo o conteúdo da narrativa. Os depoimentos de Dylan mesclam-se com entrevistas de pessoas que conviveram com o “Menestreu” como Joan Baez, Allen Ginsberg, Dave von Ronk, Suze Rotolo, Pete Seeger dentre outros. Os depoimentos e as entrevistas se amalgamam com vídeos, fotos e entrevistas da época, além das performances de Dylan e sua banda.

A temática do documentário é divida em temas que tentam desvendar a “metamorfose” e os restícios de Zimmerman em Dylan. A passagem, ou melhor dizendo, a fusão da música Folk com o Blues e o Rock. Cada tema é introduzido por uma performance de Dylan, o que sintetiza e introduz a temática do capítulo.

O documentário mostra todos os dramas e as etapas da passagem de Zimmerman para Dylan-, no plano musical, bem como as implicações e conseqüências desta mudança para a música Folk e para a música Pop. O cantor de músicas de protesto, que cantou na histórica marcha pelos direitos civis em Washington, onde Martin Luther King fez o seu mais célebre discurso, é vaiado poucos anos depois por usar percussão e guitarra elétrica -, é então chamado de traidor da música Folk.

Um dos pontos altos do documentário é o capítulo reservado à música “Like a Rolling Stone”. Todo o processo de composição, de gravação e de lançamento é mostrado. “Like a Rolling Stone” é um marco para a história da música Serial do século XX, por ter ampliado as possibilidades formais da música Pop. A canção não estaria mais presa a uma forma fixa, pequena e limitada-, seus limites formais foram ampliados.

Por quantas estradas um homem deve caminhar para que o chamem de homem? No documentário “No Direction Home”, Martin Scorsese caminha até o ano de 1966, no qual o mundo passou a conhecer apenas e somente Bob Dylan. Ao final de 208 minutos de documentário podemos entender o que foi e o que é Bob Dylan. Podemos conhecer mais profundamente um gênio por trás de grandes composições como “Blowin’ In The Wind”, “A Hard Rain’s A- Gonna Fall”, “Subterranean HomesickBlues”, “Mr. Tambourine Man” e, é claro, “Like a Rolling Stone” e ter certeza que os gênios fazem as suas próprias regras. Mas Zimmerman e Dylan ainda possuem traços em comum, o primeiro é Robert, o segundo, Bob, este diminutivo daquele.



NO DIRECTION HOME



Ficha Técnica
Título Original: Iden
Gênero: Documentário musical
Direção: Martin Scorsese
Tempo de Duração: 208 minutos
Ano de Lançamento (EUA, Reino Unido, Japão): 2005
Estúdio: Touchstone Pictures / Working Title Films / Dogstar Films
Distribuição: Paramount Pictures Brasil
Música: Bob Dylan



VII Araraquara Rock

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Araraquara Rock é um projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura e FUNDART, e acontece todo ano, desde 2002.

O festival, que já está em sua sétima edição, visa dar espaço para bandas do cenário underground, que são selecionadas através da avaliação de material autoral. Atualmente, o evento é conhecido em nível nacional, tendo uma importância fundamental na projeção de bandas de várias regiões do país.

Para apimentar ainda mais, algumas atrações especiais sempre são trazidas para o público que prestigia o evento. Já passaram por aqui bandas como Dead Fish, Wander Wildner, Dance Of Days, Gram, Dr. Sin, Tuatha de Dannan, Matanza, Ratos de Porão, Vanguart, entre outras. Kid Vinil já participou duas vezes como mestre de cerimônia.

Neste ano, o Araraquara Rock acontecerá nos dias 11, 12 e 13 de Julho, no Teatro de Arena. A abertura será no dia 10 de Julho no SESC. A inovação fica ainda com um ciclo de filmes, um workshop sobre crítica musical e um show de “ressaca”.

Ciclo de Filmes: Cinema e Rock and Roll

Terça-feira (01 de Julho)
Filme "Still Crazy" (1998).
Participação: Bandas de Araraquara selecionadas para o Araraquara Rock.

Quarta-feira (02 de Julho)Filme "A Hard Day's Night" (1964).
Participação: Breno Rodrigues de Paula e R. L. Almeida (UNESP/FCL-Ar).

Quinta-feira (03 de Julho)Filme "Easy Rider" (1969).
Participação: Jobert (Músico/Filósofo).

Sexta-feira (04 de Julho)
Video-documentário "Três ou quatro riffs" (2007).
Participação: Itaici Brunetti, Luiza Paiva, Roger Mendes e Jairo Falvo (Produtores).

Lembrando que as exibições acontecerão na Casa da Cultura, a partir das 19:30h, no auditório. A entrada é gratuita!


Abertura do festivalQuinta-feira (10/07), no Sesc Araraquara, às 21h30h:
- Abertura com Móveis Coloniais de Acajú.

Sexta-feira (11/07), no Teatro de Arena, a partir das 15:00h:22h30-Krisiun
21h00-Claustrofobia
20h00-Funeral

19h30-Mothercow (Sâo Carlos-SP)
19h00-Necrofobia (Ribeirão Preto-SP)
18h30-Suprema (São Bernardo do Campo-SP)
18h00-Hellishwar (Sorocaba-SP)
17h30-Keys of the light (Sâo Paulo-SP) 17h00-Leptospirose (Bragança Paulista-SP)
16h30-Jolly Joker (Belém-PA)
16h00-Dreamvision (Araraquara-SP)
15h30-Manthra (Américo Brasiliense-SP)
15h00-Cédula 3 (Araraquara-SP)

Sábado (12/07), no Teatro de Arena, a partir das 15:00h:
22h30-Nação Zumbi
21h00-Charme Chulo

20h00-Baranga

19h30-Pedra (São Paulo-SP)
19h00-Pepe Bueno (Sâo Paulo-SP)
18h30-The Name (Sorocaba-SP)
18h00-Sobreviventes do IDR (Caruarú-PE)
17h30-Sanguinea (Goiânia-GO)
17h00-Venus Volts (Campinas-SP)
16h30-Os Beagles (Bragança Paulista-SP)
16h00-Ellanus (Buri-SP)
15h30-Curta Metragem (Araraquara-SP)
15h00-Coração Civil (Araraquara-SP)

Domingo (13/07), no Teatro de Arena, a partir das 15:00h:22h00-Rock Rocket
21h00-Crazy Legs
20h00-Pata de Elefante

19h30-Bastardz (São Paulo-SP)
19h00-Maquiladora (Mogi das Cruzes-SP)
18h30-Odd Job (Araraquara-SP)
18h00-Jardim Cefálico (Sâo Carlos-SP)
17h30-Detroit (São paulo-SP)
17h00-Circo Motel (Sâo Paulo-SP)
16h30-JB e seus amigos sex symbols (Campinas-SP)
16h00-Ecos Falsos (Cotia-SP)
15h30-The Donnyzets (Araraquara-SP)
15h00-PH2 (Araraquara-SP)


Workshop Jornalismo Musical

- O Araraquara Rock promove, nos dias 11, 12 e 13 de julho, o Fórum Rock Público, que tem a proposta de abrir espaço para troca de idéias, colaborações e mudanças no contexto atual das organizações de festivais alternativos. O Fórum Rock Público será constituído de um workshop gratuito com o tema “Jornalismo e crítica musical”, com Adilson Pereira, do Rio de Janeiro.
Adilson Pereira, que ministra o workshop, é jornalista especializado na área de música, autor de reportagens e críticas. Atualmente, edita a revista on-line "Sambapunk" e colabora como repórter especial free lancer do portal da Oi.

A atividade será realizada no Teatro de Arena, na Vila Melhado, das 14h00 às 16h00, com atividades práticas durante o festival. As inscrições devem ser realizadas pelo e-mail: araraquararock@techs.com.br - até dia 08 de julho. É necessário enviar nome completo, telefone para contato e e-mail. São 15 vagas e serão selecionados os primeiros inscritos.


Workshop “Aquiles Priester” - Baterista do Angra, Hangar e Freakeys (14 de julho):
Local: Teatro Wallace Leal Valentin Rodrigues
Horário: 19h30
Entrada: 01 agasalho

Ressaca do Araraquara Rock “Curta Temporada” (16 de julho):Local: Quadra da Casa da Cultura
Horário: 19h30
Participação: Banda Morrigan toca “Iron Maiden” (Projeto Rainmaker)
Parceria: Museu da Imagem e do Som Maestro José Tescari

Dúvidas e informações pelo telefone (16)3332-8279 , ou e-mail araraquararock@techs.com.br

Entrada Gratuita.

Apocalypse Now: do Aqueronte ao Gangis

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Poucos filmes na história da Sétima Arte tiveram tantos problemas no seu estágio de filmagem e receberam tantos outros louros quanto “Apocalypse Now” (1979) de Francis Ford Coppola. A equipe de filmagem teve que enfrentar um furacão; uma guerra civil nas Filipinas; Marlon Brando gordo; orçamento estourado; infarto do ator principal, para, mesmo assim, fazer um dos melhores filmes de todos os tempos, recebendo dentre os principais prêmios: a palma de ouro de Cannes, o Oscar, além de vários outros prêmios e milhões de dólares. O fime foi baseado no livro "O Coração das Trevas", de Joseph Conrad.

Apocalypse Now é um filme de guerra diferente. A historia se passa durante a Guerra do Vietnam, quando o Capitão Willard (Martin Sheen) recebe a missão de executar o Coronel Kurtz (Marlon Brando), que se considera um Deus e vive entre uma tribo do Camboja. No entanto, o filme não é “um filme de guerra”, mas sim sobre a guerra, sobre os conflitos da alma humana e de uma nação (estadunidense), conflituosa com os seus conceitos paradoxais.

“Em todo coração humano há um conflito”. Kurtz é adorado como um Deus. Para resolver o seu conflito, o Capitão Willard aceita a missão: vai seguir o rio e matar Kurtz. O rio tem uma importância central na narrativa do filme. Toda a narrativa se constrói em torno do rio: “Nunca saia do rio, se não for até o fim”. O rio é uma metáfora da vida e do seu curso. Há um início-, uma nascente, neste caso uma missão, e um deságüe-, o fim, o cumprimento da missão.

O rio segue o seu curso, “na loucura e no homicídio, todos tem a sua parte”, como diz o personagem Tenente-Coronel Duque (Robert Duvall). A loucura de uma nação e dos paradoxos dos seus conceitos fica evidente na cena em que há o espetáculo das coelhinhas da PlayBoy. O caos entre as imagens estadunidenses típicas do fetiche libidinal das Cowgirl e Índia Apache mescla-se com soldados fervorosos pela libertação de seus Eros, fundindo-se com o som de “Susie Q.” do Creedence Clearwater Revival.

Um dos pontos fortes do filme é a trilha sonora e a importância concedida a ela na estrutura do filme é muito grande. Logo no início do filme, tem-se um plano seqüência da selva com helicópteros bombardeando-a, em seguida, há o corte para o Capitão Willard num quarto de hotel de Saigon, tendo ao fundo a música do The Doors “The End”. A música dita o ritmo e os cortes entre os planos da cena. Há o corte da imagem da hélice do helicóptero para o ventilador do teto e vice-versa.

A música “The End” fornece a estrutura narrativa do filme e a acompanha. Ela retorna ainda numa das mais belas cenas do filme, quando o Capitão Willard está dançando sozinho em seu quarto, fazendo movimentos que lembram rituais indígenas. Ele está em transe. O álcool é o combustível do ritual. O ritual é a iniciação de sua missão. A música funde-se aos movimentos, dá-lhe ritmo. “The End” retorna ainda no final do filme, quando Willard está executando a missão: “eis que este é o fim”. O fim da missão-, o fim do rio.

Merece destaque ainda “A Cavalgada das Valquírias”, de Richard Wagner. A música serve de ingrediente para a cena mais famosa do filme: o ataque da “cavalaria do ar” comandada pelo Tenente-Coronel Duque. Há um balé, uma “cavalgada”, sincronizada de helicópteros que bombardeiam uma aldeia. A música aumenta a tensão. Duque ressalta que ela faz parte da “guerra psicológica”. Nesta cena, tem-se o ápice do filme. Aqui, tem-se um bom exemplo de como a música pode passar de diegética para extradiegética em um filme e alcançar o seu objetivo: dar mais expressividade à cena.

Apocalypse Now é um filme único-, espetacular que retrata, não os horrores da guerra do Vietnam, mas sim os horrores da loucura humana e os conceitos paradoxais de uma nação. Um joga cartas da morte sobre cadáveres, o outro se considera um Deus, enquanto um faz uma guerra sem sentido. O que temos é um filme filosófico, dialético de uma certa forma: homem x selva; rio x guerra. E a síntese, bem ela é alegórica e alucinante. “Só saia do barco, se for até o fim”. “This is the end”.
Apocalypse Now


Ficha Técnica
Título Original: Apocalypse Now
Direção: Francis Ford Coppola
Roteiro: Francis Ford Coppola eJohn Milius, baseado em romance de Joseph Conrad
Gênero: Guerra
Tempo de Duração: 148 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1979
Estúdio: Zoetrope Studios
Distribuição: United Artists
Produção: Francis Ford Coppola
Música: Carmine Coppola, Francis Ford Coppola e Mickey Hart
Direção de Fotografia: Vittorio Storaro
Desenho de Produção: Dean Tavoularis
Direção de Arte: Angelo P. Graham
Figurino: Charles E. James
Edição: Lisa Fruchtman, Gerald B. Greenberg, Richard Marks, Walter Murch e Randy Thom
Elenco
Marlon Brando (Coronel Walter E. Kurtz)
Robert Duvall (Tenente-coronel Kilgore)
Martin Sheen (Capitão Benjamin L. Willard)
Frederic Forrest (Chefe)
Albert Hall (Chefe Phillips)
Sam Bottoms (Lance Johnson)
Laurence Fishburne (Sr. Clean)
Dennis Hopper (Fotógrafo-jornalista)
G.D. Spradlin (General Corman)
Harrison Ford (Coronel Lucas)
Jerry Ziesmer (Civil)
Scott Glen (Colby)
Francis Ford Coppola (Diretor de TV)

Tom Zé na XX Semana Luiz Antônio Martinez Côrreia

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O público que compareceu sábado (21/06) ao Teatro de Arena de Araraquara pode conferir o show de um dos mais versáteis músicos da MPB dos últimos 40 anos: Tom Zé. O músico apresentou canções de sua última produção "Danç-Êh-Sá", além de composições de obras anteriores como "Fliperama", "Made In Brazil", "2001" (parceira com os Mutantes). A apresentação ocorreu dentro da programação da XX Semana Luiz Antõniio Martinez Côrreia. O show começou às 21h37. A banda entrou primeiro, em seguida, Tom Zé entrou pulando, dançando, vestido com uma roupa que salientava elementos fálicos, além de seios. Já na segunda música, tivemos o ápice do show dom a execução da famosa música "2001", na qual todo o público presente ajudou a cantar em coro.

O experimentalismo e a criatividade de Tom Zé ficaram evidente na terceira música, composição de seu último álbum, "Epirro". A música é um bom exemplo da música Serial Moderna. De um aparente caos, de uma cacofonia e de uma eplepsia de gestos surgem a sua esência. Uma música original e fantástica. Tom Zé é um músico e compositor versátil, ao longo de carreira desenvolveu parcerias com grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes, além de parcerias com escritores e poetas, como pudeos conferir na sexta m´suica do show "Câdemar", feita em parceria com o excelente poeta Haroldo de Campos.

Durante quase 1h20min de show, Tom Zé interagiu com o público presente no belo Teatro de Arena de Araraquara, com o seu formato clássico (palco em forma de concha acústica). A interação ocorreu sempre em forma de diálogos. Tom Zé interagiu de forma inteligente e não estereotipada, o que cativou o público, que cantou e participou ativamente da performance da música "Made In Brazil", além de várias outras.
O show foi encerrado às 22h52 com a ovação do público que, ápos 1h15min de show pode conferir diversas músicas de um dos mais originais e criativos músicos da MPB. Depois do show, o músico atendeu o público no saguão de entrada do Teatro de Arena. Atendeu, deu autógrafos, tirou fotos, conversou com todos os interessados, até ao presente da fila, isto próximo às 23h40, com toda a sua simpatia e humor. Um excelente show: Made In Araraquara, 2008.

Cine Campus: Não tá morto quem peleja.

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XX Semana “Luiz Antônio Martinez Corrêa"

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Araraquara, a partir do próximo dia 20, torna-se um terreno fértil de intercâmbios, de investigação e da busca do fazer teatral. A vigésima edição da Semana Luiz Antônio Martinez Corrêa – uma realização da Prefeitura de Araraquara que tem o apoio do Sesc-Araraquara – chega com uma programação repleta de grandes atrações, com diversos espetáculos teatrais, shows musicais e discussões através da série de Cafés de Investigação. A Semana já é uma referência das artes cênicas do interior paulista.

Qualidade e diversidade - De 20 a 29 de julho, os cidadãos e artistas da cidade e região têm a oportunidade de desfrutar um conhecimento inovador, “de lu(i)z”, diretamente com aqueles que produzem a arte teatral reconhecida internacionalmente. Um exemplo é a participação do Grupo Galpão, que vem à cidade com o patrocínio exclusivo da Petrobras. O grupo mineiro apresenta “Pequenos Milagres”, no Teatro Municipal, em sessão única, no dia 28 e, no mesmo dia, às 15h00, participa da sessão de vídeo que conta a história do grupo, na Casa da Cultura. Além disso, no dia 29, o grupo participa do Café de Investigação, no saguão do Teatro Municipal, às 10h00. A apresentação no Municipal promete ser uma das mais concorridas da Semana.

Nomes de destaque do cenário das artes cênicas complementam o repertório de espetáculos e discussões sobre o processo de investigação do fazer teatral em busca de novas linguagens para a Semana. Zé Celso Martinez Corrêa (irmão do homenageado) e o grupo Uzyna Uzona, José de Abreu, XPTO, Cia. As Graças, Cia. Armazém, Daniel Quesadas, Cia. IIustrada, Folias D´Arte devem instigar o fazer artístico das companhias que atuam na cidade, já que são referências da atualidade na dramaturgia brasileira contemporânea.

E a produção local também não fica atrás: cinco grupos da cidade participam da programação, além dos estudantes do curso Técnico Ator, realizado pela Prefeitura em parceria com o Senac-Araraquara. Cia TEXC, Grupo Bem-Me-Quer, Grupo Navegador, GUTE – Grupo UNIARA de Teatro Experimental, Olhos D´Arte são os destaques locais. “A produção local também promete trabalhos consistentes, provenientes de pesquisa e investigação cênica. Cinco companhias e grupos araraquarenses foram selecionados através de projetos que surpreenderam a comissão julgadora. Os alunos do Projeto Técnico-Ator também evidenciam maturidade e participam efetivamente do festival com montagens significativas”.

Vale lembrar que o grupo musical Cambaio, de Araraquara, também está na Semana, com participação no Pocket Show (dia 28), assim como a dupla Adriana César e Fernando Gonçalves (Rio Claro), que participam do “Cabaré Malandro”, no Palacete da Esplanada das Rosas (dia 20).

Confira a programação completa da Semana:
Dia 20 - Sexta-feira – Abertura Oficial

19h30 – Cortejo Dionisíaco “De Dioníso ao Malandro”
Projeto Cultural Técnico Ator e Artistas da Cidade
Saída em frente ao Palacete Esplanada das Rosas com destino à Praça Pedro de Toledo

20h30 – Espetáculo Teatral: “Nas Rodas do Coração”
Cia. As Graças (SP)
Praça Pedro de Toledo

22h00 – Cabaré Malandro
Cabaré e Show Musical de Adriana César e Fernando Gonçalves
Palacete Esplanada das Rosas

Dia 21 - Sábado

15h00 – Sessão Vídeo História de Teatro Cia. Armazém - RJ
Sala Jean Paul Sartre – Casa da Cultura “Luiz Antonio Martinez Corrêa”

17h00 – Espetáculo Teatral “Cuscus Cirkus”
Daniel Quesadas
Sesc Araraquara

19h30 – Espetáculo Teatral “A Mancha Roxa”
Projeto Cultural Técnico Ator
Teatro “Wallace Leal Valentin Rodrigues”

21h00 – Show Musical “Danç-Êh-Sá”
Tom Zé
Teatro de Arena
(Retirada de Ingressos na Secretaria Municipal Cultura a partir do dia 18 de Junho, quarta-feira)

Dia 22 - Domingo

10h00 – Café de Investigação
Paulo de Moraes e Cia. Armazém - RJ
Saguão Teatro Municipal

11h00 – Espetáculo teatral “Fábulas e Cantigas”
Cia. Ilustrada
SESC Araraquara

17h00 – Espetáculo Teatral “Mais Um Conto de Maria”
Cia TEXC
Choro das águas – Praça Fonte Luminosa (DAAE)

18h00 – Show Musical “Homo Artísticus Artísticus”
Jorbert Gaigher
Choro das águas – Praça Fonte Luminosa (DAAE)

20h30 – Espetáculo Teatral “Toda Nudez Será Castigada”
Cia Armazém - RJ
Teatro Municipal

Dia 23 –Segunda-Feira
17h00 – Espetáculo Teatral “Uma Nova Farsa (Agora com Mais Preguiça)”
Projeto Cultural Técnico Ator
Praça - Esplanada das Rosas – Rua São Bento- Centro

19h00 – Série de Esquete Atemporal
GUTE – Grupo UNIARA de Teatro Experimental
Anfiteatro UNIARA

20h30 – Espetáculo Teatral “A Mancha Roxa”
Projeto Cultural Técnico Ator
Teatro “Wallace Leal Valentin Rodrigues”

Dia 24 – Terça-Feira
19h00 – Espetáculo Teatral “Maria de Deus”
GUTE – Grupo UNIARA de Teatro Experimental
Museu Histórico e Pedagógico “Voluntários da Pátria”

20h00 – Espetáculo Teatral “Damas Horizontais”
Grupo Bem-me-quer
Palacete Esplanada das Rosas

22h00 – Espetáculo Teatral “Taniko – O Rito do Mar”
um Musical Nô, Bossa-nova TransZênico
Zé Celso Martinez Corrêa e Uzyna Uzona
Ginásio do SESC Araraquara

Dia 25 – Quarta-Feira

15h00 – Espetáculo Teatral “Fala Zé”
Com José de Abreu (RJ)
Teatro Municipal

18h00 – Café de Investigação com José de Abreu
José de Abreu (RJ)
Saguão Teatro Municipal

19h30 – Espetáculo Teatral “A Mancha Roxa”
Projeto Cultural Técnico Ator
Teatro “Wallace Leal Valentin Rodrigues”

20h00 –
Exibição do Filme “Ópera do Malandro”
Sala Jean Paul Sartre – Casa da Cultura “Luiz Antonio Martinez Corrêa”

20h30 – Espetáculo Teatral “Fala Zé!”
José de Abreu (RJ)
Teatro Municipal

22h00 – Espetáculo Teatral “A Hora Métrica”
Projeto Cultural Técnico Ator
Teatro “Wallace Leal Valentin Rodrigues”

23h00 – Ensaio Aberto “SOBREviver”
GUTE – Grupo UNIARA de Teatro Experimental
Centro de Artes UNIARA

Dia 26 – Quinta-Feira

16h00 – Espetáculo Teatral “Uma Nova Farsa (Agora com Mais Preguiça)” Projeto Cultural Técnico Ator
CAIC Selmi Dei

19h00 – Espetáculo Teatral “A Hora Métrica”
Projeto Cultural Técnico Ator
Teatro “Wallace Leal Valentin Rodrigues”

20h30 – Espetáculo Teatral “Cabaret da Santa”
Grupo Folias d’Arte
SESC Araraquara

23h59 – Espetáculo Teatral Esquetes 3 por 3 “Aquilo que Pulsa!”
Grupo Navegador
Espaço Cultural “Paulo Mascia”

Dia 27 – Sexta-Feira

19h00 – Espetáculo Teatral “Por Caminhos Andantes...”
Cia. Olhos D’arte
Gramado atrás Teatro Municipal

20h00 – Exibição do Filme “Ópera do Malandro”
Sala Jean Paul Sartre – Casa da Cultura “Luiz Antonio Martinez Corrêa”

20h30 – Espetáculo Teatral “Damas Horizontais”
Grupo Bem-me-quer
Palacete Esplanada das Rosas

23h00 – Espetáculo Teatral “A Hora Métrica”
Projeto Cultural Técnico Ator
Estação Ferroviária de Araraquara

23h59 – Espetáculo Teatral Esquetes 3 por 3 “Aquilo que Pulsa!”
Grupo Navegador
Espaço Cultural “Paulo Mascia”

Dia 28 – Sábado

15h00 – Sessão de Vídeo História de Teatro Grupo Galpão - MG
Sala Jean Paul Sartre – Casa da Cultura “Luiz Antonio Martinez Corrêa”

17h00 – Espetáculo Teatral “Mais Um Conto de Maria”
Cia. TEXC
Teatro “Wallace Leal Valentin Rodrigues”

20h30 – Espetáculo Teatral “Pequenos Milagres”
Grupo Galpão - MG
Teatro Municipal

23h59 – Espetáculo Teatral Esquetes 3 por 3 “Aquilo que Pulsa!”
Grupo Navegador
Espaço Cultural “Paulo Mascia”

23h59 – Pocket Show Maldito
Esquetes de comédia e Show Musical com Cambaio
Teatro “Wallace Leal Valentin Rodrigues”

Dia 29 – Domingo

10h00 – Café de Investigação
Grupo Galpão - MG
Saguão Teatro Municipal

11h00 – Espetáculo Teatral “O Festeiro Mensageiro”
Cia Ilustrada
SESC Araraquara

17h00 – Espetáculo Teatral “Uma Nova Farsa (Agora com Mais Preguiça)” Projeto Cultural Técnico Ator
Choro das águas – Praça DAAE

20h30 – Espetáculo Teatral “O Público”
Grupo XPTO
CEAR – Facira


INGRESSOS:,

TODOS OS EVENTOS SÃO GRATUITOS.

PARA ESPETÁCULOS EM ESPAÇOS FECHADOS, RETIRADA DE CONVITES COM 1 HORA DE ANTECEDÊNCIA NO PRÓPRIO LOCAL.

Para Show de Tom Zé, retirada de convites a partir de 18/6 no Palacete da Esplanada das Rosas (Rua São Bento, 794 – Centro)
Mais informações: (16) 3322-2770 e 3322-7390


Realização: Prefeitura Municipal de Araraquara
Secretaria Municipal de Cultura e FUNDART

Apoio: SESC Araraquara

Patrocínio: Banco do Brasil
Petrobras – Patrocinadora Exclusiva do Grupo Galpão