Em qualquer discussão acerca da Arte caminha-se na necessidade de delimitação de até que ponto a Arte é a manifestação máxima da ontologia humana, bem como a capacidade da Arte de expor, não a mera realidade, mas sim as potencialidades humanas. Até mesmo para o mais exacerbado dos Niilistas como, por exemplo, o personagem Piort Stepanovich (Os Demônios, de Dostoièvski) concebe, paradoxalmente, o Belo artístico como sendo a única expressão de valor desenvolvido pela humanidade e a única forma aprazível de contemplação.
O “Paraíso” fora trocado por ela, odes são feitas, músicas são compostas, as musas ainda continuam a inspirar os meros mortais, ainda bem. De que valeria o “paraíso”, se o inferno estivesse sobre as mentes. Estamos fadados a cantar versos tão docementes, a escrever, a pintar, pode-se ir até aí, ela é imoldável, não se pode criá-la... Não se recria o perfeitoSe o belo formata a Arte, pode-se agrupar determinados objetos e imagens isomórficas que representariam Arquétipos artísticos, no qual podemos incluir a imagem da beleza feminina. A figura feminina sempre foi, desde de tempos remotos e irremotos, ligada ao belo e a uma imagem de máxima representação artística, seja na literatura ou na pintura.
Na literatura têm-se exemplos de mulheres fantásticas como: Ana Karênina; Sonietchnika; Ofélia; Helena; Mariana; Marília; Josefina (A Cantora); Clêo; Dolores Haze; Brunhier; Ezolda; Viviane (Dama do Lago); Otsu; Scheherazade; Akemi; Ursula Amaranta; Júlia; Marie.
Já na pintura, temos exemplos de quadros que têm a mulher como tema central, tais como: O Nascimento de Vênus; A Bela Ferrageira; Banhista sentada numa pedra; Retrato de mademoiselle Violette Heymam; Henri Matise; As três idades da mulher; Modelos; Flora; Retrato de Jeane Hebatuterne; Mulher bebendo; Eterno feminino; Mulheres no jardim.
Este é apenas um modelo do belo que tem a capacidade de moldar Arte e, conseqüentemente, a vida. Vários outros existem, mas duvido que algum seja mais fantástico do que belo feminino.
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