Tempo, a imagem de grãos de areia escorrendo para uma outra extremidade da ampulheta ou folhas das

No tempo finito, há um afa e um ômega e, muitas vezes, uma gênese e um apocalipse.
Aqui o tempo é tido como algo que tem uma extensão linear finita em ordem “crescente”. Ele sempre aponta para um devir que se diferencia do presente, mas que nunca se repetirá, de modo que o presente nunca será o mesmo e o futuro nunca será passado. Um dos fatores de sustentabilidade da concepção finita de tempo é a morte, um dos maiores arquétipos, para a cultura ocidental judaica-crista, de finitude: O homem sempre se preocupou com o tempo, pois pensá-lo significa ocupar-se da fugacidade e da efemeridade da vida e da inexoralidade da morte. A fatalidade da morte mostra a irreversibilidade do tempo humano. Nesta concepção de tempo, nenhum tempo é idêntico ao outro, o tempo não se repete.

No conceito do tempo cíclico, há a ciclicidade do tempo, tudo que foi, será

A morte não é aqui um fim e sim um constituinte fundamental do ciclo da vida. Ela é a irmã mais velha dos perpétuos. O tempo cíclico gera um tempo infinito, assim como dito pelo escritor argentino Jorge Luis Borges: “Num tempo infinito, o número de permutações possíveis deve ser alcançado, e o universo tem de se repetir.” O autor ainda salienta que o universo é consumido ciclicamente pelo fogo que o gerou e ressurge da destruição para repetir uma história idêntica. Para Mearleau-Ponty, a finitude é a retirada prévia do finito da potência do ser infinito. O infinito, segundo ele, estabelecido é um infinito da existência e não infinito de essência.
retorno. Segundo Borges, há três modos fundamentais do eterno retorno nietzschiniano: no primeiro, o ápice, é quando o tempo volta para o seu ponto de origem. O segundo está vinculado à glória, de modo que, de acordo com Borges, um princípio algébrico o justifica. No terceiro, os ciclos são semelhantes, não idênticos.
Logo, as duas concepções primevas de tempo advêm da percepção humana e do modo de como ela é sentida, bem como os elementos perceptuais: estações do ano, vida, morte, etc. As concepções de tempo finito e tempo cíclico geram as duas primeiras formas que o ser percebe o tempo. Contudo, seus conceitos partem da percepção e, portanto, surgem a partir de uma sistematização empírica das sensações perceptivas do ser para com o ser e para com o espaço.
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