Apresentação do Grupo de Teatro THIASOS com a montagem de "MORNO QUASE QUENTE"

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O grupo Thiasos de Teatro Universitário nasceu no primeiro semestre de 2008 na Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara – UNESP/FCL-Ar., com a iniciativa de duas alunas do primeiro ano do curso de Letras: Maria Luisa e Alice. O grupo recebeu apoio da Profª. Drª. Edvanda Bonavina da Rosa, da direção e de alguns departamentos da unidade, desde então vêm desenvolvendo atividades e estudos dentro do gênero dramático. Atualmente conta com a participação de sete integrantes entre graduandos em Letras, Ciências Sociais e Administração Pública. Os ensaios ocorrem sempre todas as quartas-feiras às 19h00 na Chácara Waldemar Safiotti.

O objetivo do grupo é promover algumas expressões artísticas ligadas ao teatro, tendo como principal proposta a divulgação das características do gênero dramático no espaço universitário e para a comunidade em geral. O grupo parte da conciliação do aparato teórico, que os alunos já obtêm dentro da estrutura curricular do curso de Letras, com o prático a partir do estudo e da montagem de textos dramáticos.

A primeira apresentação do grupo se dará no Pocket Show Maldito no próximo dia 29 (sábado) às 24h00 dentro da III Mostra de Mostra Wallace Leal Valentin Rodrigues, organizada pela Secretária de Cultura de Araraquara, no teatro Wallace Leal Valentin Rodrigues com a montagem de “Morno Quase Quente”, um conjunto de textos que misturam drama e comédia tais como Briga na Procissão”, de Chico Pedrosa; “Linha de Tiro”, de Marcelino Freire, além de textos de Fernando Pessoa e Maiakovski.

“Cada integrante do grupo escolheu o texto que queria interpretar, cada um levou para o ensaio um texto que tinha mais afinidade.” Ressalta Mayra Massuda ao justificar o porquê da escolha dos textos e dos autores trabalhados. “A escolha dos textos acaba por representar o perfil do grupo: todos os integrantes possuem igual importância e autonomia de escolha e de decisão sobre as atividades e diretrizes do grupo”, afirma ainda Mayra.

Para maiores informações sobre o grupo e contato:
Mayra Massuda: massuda_mayra@hotmail.com (19) 92648302

Cine Campus: Pequena Miss Sunshine

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Quando foi lançado no final de 2006, o filme "Pequena Miss Sunshine" (Litte Miss Sunshine, EUA, 2006, Jonathan Dayton e Valerie Faris) logo se tornou um fenômeno de bilheteria e de crítica, algo meio que raro para os filmes estadunidenses. O filme foi indicado ao Oscar em diversas categorias, inclusive para melhor filme. Mas, é claro que não ganharia, o prêmio foi dado à Martin Scorsese, desmerecidamente, ao seu filme “Os Infiltrados”, que o dessem em 1975 com “Táxi Driver” ou em 1984 com “Depois das horas”. "Pequena Miss Sunshine" não foi produzido por um grande estúdio. Não tinha lobby, mas tinha qualidade; ganhara o Sundance Festival, talvez um dos poucos festivais sérios dos EUA, de qualidade e com um bom perfil: filmes simples, inteligentes, de boa qualidade e independentes.

“Ninguém é normal”, se está é uma máxima para categorizar os membros da família Hoover, imagine como são os membros dela. Tem-se um pai que está obcecado no seu “revolucionário” e “novo” método para criar “vencedores”, quer publicá-lo e vendê-lo aos montes, para que, assim todos que queiram, possam ser “vencedores”; uma mãe neurótica e perdida; um tio suicida (o maior especialista de Marcel Proust nos EUA); um avô viciado em cocaína e coreógrafo; um irmão que se chama Dwayne e está obcecado em se tornar piloto de caças e é fã de Nietzsche; e há a pequena Olive de 7 anos, o centro de tudo, o ponto de equilíbrio da família.

Toda história do filme se passa em torno de Olive, que adora concurso de Miss e almeja se tornar uma. Ela ganhara a segunda colocação no concurso regional de Miss Chili em Alburquerque, no entanto, a primeira colocada adoeceu, devido à remédios para emagrecer, Olive ganha a vaga no concurso Little Miss Sunshine na Califórnia. Eis que começa a viagem da família Hoover para levar Olive ao concurso, percorrendo mais de 1.000 Km., mas antes de chegar até lá muita coisas irão acontecer: o tio reencontra o ex-namorado e ex-aluno; o avô morre de overdose e o irmão descobre ser daltônico, o que o impedirá de ser piloto. Mas mesmo assim, todos continuam unidos para levar Olive ao concurso.

Apesar da história do filme ser simples, a narrativa é muito interessante e engenhosa. Nos diálogos entre os membros da família algo é contado sobre os outros membros, isto preenche as lacunas da narrativa, pois ao retomá-las ficamos sabendo o porquê o tio tentara se matar, qual o motivo de Dwayne não falar, etc. Já o tom caminha para o humor, mas não qualquer humor e sim um humor inteligente criado a partir de um desconcerto, de um mundo "transloucado". A toda hora caminha-se do humor para o drama e vice-versa, sem quebras de efeito. Neste filme, as palavras de Aristóteles sobre a comédia se aplicam: “Ela deve mostrar e corrigir os vícios humanos”.

Ao final da jornada, a família, antes desfragmentada, agora unida e feliz chega ao local do concurso. Olive participar do concurso, vemos uma das cenas mais engraçadas da história do cinema: a coreografia de Olive que o seu avô a ensinara. Tem-se uma crítica aos concursos de Miss e a precoce transformação de pequenas meninas em Barbies. Pequena Miss Sunshine não ganhou o Oscar, ainda bem, só o dão para filmes medíocres, mas conseguiu duas coisas raras nos EUA: bilheteria e crítica, possíveis graças a sua simplicidade e qualidade.


Trailer


Cine Campus: Back In The U.R.S.S. com o filme "Adeus, Lenin!"

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mr. doc. Mostra Regional de Documentários

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Programação da Mostra no Campus

Horários
Segunda-Feira:3/11
Terça-feira: 4/11
Quarta-feira: 5/11
Quinta-feira: 6/11


Tarde
Sala 208
Exibição Debate com o PET- Ciências Sociais: Bad copy, good copy: Andreas Johnsen, Ralf Christensen e Henrik Moltke, 59 min. 16h00
Tenda Doc
Muito Além do Cidadão Kane: Simon Hartog, 90 min. 14h00
SALA 212
Curso:
Dziga Vertov e a Câmera Olho, por Breno Rodrigues. 16h00
Sala 207
Apresentação e debate com os participantes da Oficina de Vídeo – Documentário da UNESP.
16h00
Sala 212
Curso:
Dziga Vertov e a Câmera Olho, por Breno Rodrigues
16h00


Noite
Tenda
A Quarta Guerra Mundial: Jacqueline Soohen e Richard Rowley, 78 min.
20h00
Doc no Gramado.
Nós que aqui estamos, por vós esperamos: MarceloMasagão,73 Min.
20h00
Sala 90
Exibição Debate com o PET- Ciências Sociais: “Supérfluo, de Eric Gandini, 50 min
19h30
Tenda Doc
Tiros em Columbine, Michael Moore, 120 min.
20h00


Horários
Segunda-Feira: 10/11
Terça-feira: 11/11
Quarta-feira: 12/11
Quinta-feira: 13/11
Sexta-feira: 14/11
13:00
Tenda Doc
Sociedade Motorizada
Dir: Vários
40 min.

Tenda Doc
Sonho Real: Uma história de luta por moradia. Dir: Vários
50 min.

Tenda Doc
Homo Sapiens 1900 – dir: Peter Cohen, 88 min.
17h30


noite
Palestra
Recursos Digitais na Pós-Produção de Documentários Institucionais e TV Digital. Renato Terezan
Anf. B.
19h00

Tenda Doc
Ônibus174
Padilha
133 min.
17h30

Tenda Doc
A Tornallom
Dir: Videohackers
48 min.
17h30



Sobre os filmes:

Bad copy, good copy: Andreas Johnsen, Ralf Christensen e Henrik Moltke, 59 min.

O documentário de Andreas Johnsen, Ralf Christensen e Henrik Moltke é o mais consistente sobre direitos autorais e cultura livre feito até hoje. Com entrevistas que vão desde o DJ Girl Talk, até o produtor nigeriano Charles Igwe e passando pelo presidente da International Federation of the Phonografic Industry, John Kennedy, os diretores conseguiram captar a tensão existente no debate atual entre detentores de conteúdo da indústria tradicional e artistas da nova indústria. O nome "good copy, bad copy" não poderia ser melhor para ilustrar este contraponto alertando sobre o papel que o direito autoral pode desempenhar tanto para aprisionar estas novas formas de expressão cultural, quanto para libertar a cultura permitindo uma revolução criativa mais profunda.

Entrevistados:
Jane Peterer - Bridgeport Music
Danger Mouse - Produtor
Dan Glickman - Presidente da MPAA
Anakata - The Pirate Bay
Rick Falkvinge - The Pirate Party (Partido Pirata)
Lawrence Lessig - Creative Commons
Ronaldo Lemos - Professor de Direito FGV Brazil
Charles Igwe - Produtor cinematográfico - Lagos Nigeria
Dj Dinho - Aparelharem Tupinambá - Belém Do Pará


A Quarta Guerra Mundial: Jacqueline Soohen e Richard Rowley, 78 min.

Na «4a Guerra Mundial» falam homens e mulheres que se negam a submeter-se ao terror. Falam os que não permitem que exércitos, o medo ou o desespero ocupem os eus sonhos de um mundo justo e sem opressão. É um filme que descreve os movimentos sociais contra o neoliberalismo em várias partes do mundo com imagens carregadas de inspiração e palavras cheias de poesia. Mostra-nos um sistema que necessita sempre mais violência e uma chamada «guerra contra o terrorismo» para manter a sua ordem e governabilidade.


Muito Além do Cidadão Kane: Simon Hartog, 90 min.

Documentário de Simon Hartog foi produzido em 1993 pelo Channel 4 e que acabou sendo vetado no Brasil, O documentário discute o poder da Rede Globo. Resumo: era o ano de 1965, durante a ditadura militar. Foi firmado um acordo ilegal mas muito vantajoso com o grupo Time-Life que representou a encarnação do desejo militar de integração nacional. O misterioso e oportuno incêndio nos estúdios da TV Paulista da Globo, cujo seguro foi fundamental para a expansão da rede de TV. O cancelamento da concessão da TV Excelsior em 1970, única empresa de TV a se opôr ao golpe militar e principal concorrente da Globo. Já na década de 90, o surgimento do escândalo NEC/Brasil. A cobertura tendenciosa da TV Globo sobre o movimento das Diretas-Já. O auxílio dado à tentativa de fraude nas eleições cariocas de 1982 para impedir a vitória de Leonel Brizola e a edição tendenciosa do debate Collor/Lula em 1989.


Nós que aqui estamos, por vós esperamos: Marcelo Masagão, 73 MIN.

Memória do século XX, a partir de recortes biográficos reais e ficcionais de pequenos e grandes personagens. O filme pretende discutir a banalização da morte e por correspondência direta, da vida.

Título Original: Nós Que Aqui Estamos por Vós Esperamos
Gênero: Documentário
Duração: 73 min.
Lançamento (Brasil): 1999
Distribuição: Riofilme
Direção: Marcelo Masagão
Roteiro: Marcelo Masagão
Produção: Marcelo Masagão
Música: Wim Mertens
Edição: Marcelo Masagão
Efeitos sonoros: André Abujanra
Consultores de História: José Eduardo Valadares e Nicolau Sevcenko


Supérfluo, de Eric Gandini, 50 min.

Documentário fenomenal destrinchando a indústria de consumo e o "capetalismo" devorador. Vemos depoimentos de John Zerzan (leia uma entrevista dele, dada ao Centro de Mídia Independente AQUI), um feroz crítico do capitalismo e da sociedade vigente, que viveu durante anos com o dinheiro de venda de esperma e sangue. Passeamos pela indústria do supérfluo, como a fábrica de bonecas de silicone, para homens tarados. O tom do filme é ácido, criticando (com bons argumentos) todos os envolvidos com a destruição do meio-ambiente, massa trabalhadora e as riquezas do mundo, sem nenhum dó nem piedade. Ao final pousa na ilha de Fidel, e quando você acha que se colocará o socialismo como alternativa para as mazelas do planeta...as críticas continuam.


Tiros em Columbine, Michael Moore, 120 min.

Documentário que investiga a fascinação dos americanos pelas armas de fogo. Michael Moore, diretor e narrador do filme, questiona a origem dessa cultura bélica e busca respostas visitando pequenas cidades dos Estados Unidos, onde a maior parte dos moradores guarda uma arma em casa. Entre essas cidades está Littleton, no Colorado, onde fica o colégio Columbine. Lá os adolescentes Dylan Klebold e Eric Harris pegaram as armas dos pais e mataram 14 estudantes e um professor no refeitório. Michael Moore também faz uma visita ao ator Charlton Heston, presidente da Associação Americana do Rifle.

Ficha Técnica
Título Original: Bowling for Columbine
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2002
Direção: Michael Moore
Roteiro: Michael Moore


Sonho Real: Uma história de luta por moradia. Dir: Vários, 50 min.

A luta das famílias da ocupação Sonho Real está apenas começando. Vivemos um momento histórico em Goiás e no Brasil, onde as as lutas sociais vem sendo cada vez mais criminalizadas e reprimidas pelas forças estatais e pelas elites locais e nacionais. É necessário que os movimentos sociais se unam e se organizem para essa luta que definirá os rumos do povo oprimido deste país: a libertação através da luta ou a eterna submissão às elites. No mês de maio de 2005, pouco mais de 20 famílias pobres da cidade de Goiânia resolveram ocupar uma área abandonada há mais de 40 anos, no Parque Oeste Industrial. Aquela grande área localizada entre indústrias e comércios, era usada durante todo esse tempo como espaço para desova de corpos e estupros. Poucos lembravam de sua existência, a não ser os especuladores imobiliários que esperavam pela valorização da área para poderem assim realizar um polpudo negócio. Eles não contavam que algumas famílias cansadas de continuar pagando aluguel resolvessem depositar ali suas esperanças e ocupar o terreno abandonado.


Ônibus174, Padilha, 133 min.

Uma investigação cuidadosa, baseada em imagens de arquivo, entrevistas e documentos oficiais, sobre o seqüestro de um ônibus em plena zona sul do Rio de Janeiro. O incidente, que aconteceu em 12 de junho de 2000, foi filmado e transmitido ao vivo por quatro horas, paralisando o país. No filme a história do seqüestro é contada paralelamente à história de vida do seqüestrador, intercalando imagens da ocorrência policial feitas pela televisão. É revelado como um típico menino de rua carioca transforma-se em bandido e as duas narrativas dialogam, formando um discurso que transcende a ambas e mostrando ao espectador porque o Brasil é um país é tão violento.

Ficha Técnica
Título Original: Ônibus 174
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 133 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2002
Estúdio:
Distribuição: Riofilme
Direção: José Padilha
Produção: José Padilha e Marcos Prado
Fotografia: César Moraes e Marcelo Guru
Edição: Felipe Lacerda


Homo Sapiens 1900 – dir: Peter Cohen, 88 min.

O filme “Homo Capiens 1900” é ao mesmo tempo chocante e esclarecedor. Uma obra prima do já consagrado diretor sueco Peter Cohen, por seu “Arquitetura da Destruição”, o longa aborda o polêmico tema da eugenia desde sua concepção até a expressão máxima durante o regime nazista alemão. Com uma descrição e explicação fantástica do assunto, o espectador envolve-se no tema e perplexo fica ao ver até que ponto pode chegar o homem que objetiva a perfeição do ser, a criação de uma verdadeira máquina irretocável, a partir de um misto de estupidez e insanidade.


A Tornallom, Dir: Videohackers, 48 min.

Dirigido por videohackers e Enric Peris, é uma produção independente História da resistência de uma comunidade rural nos arredores de Valência, na Espanha, contra a especulação imobiliária, que quer expulsá-los da terra cultivada por seus antepassados. Em solidariedade aos moradores da região, vários jovens da cidade mudam-se para a comunidade e aprendem com os mais velhos como arar a terra, fazer pão em fornos artesanais e a trabalhar em mutirão. Surgem assim os “agropunks”, que levam para a comunidade de La Punta as formas de luta da desobediência civil e ação direta contra a violência da polícia e das retroescavadeiras.