The White Stripes

1

Cine Campus: Um Estranho no Ninho

1
Entrem na comunidade do CINE CAMPUS no orkut: http://www.orkut.com.br/Community?cmm=40830526

Blog: www.cinecampusararaquara.blogspot.com


Trailer:


The Velvet Vnderground

0

A Ordem Romanesca da Vida

1

“Alors, ô ma beauté! dites à la vermine
Qui vous mangera de baisers,
Que j'ai gardé la forme et l'essence divine
De mes amours décomposés!”

Charles Baudelaire


O relógio não tocou, Alicia está deitada-, sua cama encontra-se rente à parede sob a janela. Um pequeno feixe de luz é projetado no seu pé direito, estão descobertos-, fazem movimentos circulares. Ora a luz incide em um, ora em outro-, isto a distrai. Não dormia de meias, gostava de estralâ-los-, adorava sentir a luz. Sua fisionomia mudou, o feixe tocara o dedinho direito-, seria a hora de se levantar. Esforçou-se para acompanhar o trajeto, esticara a perna direita ao máximo-, não mais o alcançava.

A luz incide no centro do quarto, é apenas um pequeno feiche-, ínfim0. Regina entrou gesticulando, sempre está atrasada-, falava rápido. Não compreendeu o porquê da filha não ter se levantado-, deveria estar arrumada há trinta minutos. Teve consciência do ocorrido, pegara as chaves do carro-, atravessando a sala, não viu a filha-, iriam se atrasar. Irritou-se, Alicia estava deitada-, não compreendia a situação. Tentou se recordar se o despertador tocara-, com certeza não. Ele marca apenas as horas, nunca tocara-, deveria tocar todos os dias às seis horas.

O relógio marca 5h55, Alicia desligou o despertador-, acordara. Ela não gosta do barulho feito, prefere os sons do seu corpo-, da sua respiração, do estralar dos dedos dos pés. Sua mãe chegou, a luz passara-, não quer se levantar. Pensava na história lida, concluía ser o personagem louco-, ela nunca o trairia. Ele sim teve um caso com o melhor amigo, na infância eram seminaristas-, ambos admiravam-na. A traição parecia-lhe indiferente, um dia irá escrever sobre a relação dos amigos-, seria o aspecto mais importante.

Tentara entender a exceção, a regra foi mais forte-, Alicia inverte a ordem. O livro indica isso. A mãe grita, quebra o raciocínio da filha. Entre gritos e soluços, Regina pergunta se ainda haverá tempo de levá-la à escola-, não quer se atrasar para o trabalho. O silêncio é quebrado pelo estralar dos dedos, não sabe o que responder-, vira-se para a parede. Houve gritos de raiva, ouve sons dos sapatos. A porta do quarto fecha-se, tem-se o barulho da batida.

Seu braço esquerdo dói, começa a formigar-, imagina desenhos formados pelas manchas na parede. Entediada, vira-se-, não há manchas no teto. Não tem vontade de se levantar ainda, pegara um livro debaixo da cama-, começou a lê-lo. Achava estranho o fato do filho não ter conseguido chegar ao enterro da mãe, sentia-se angustiante-, o cachorro apanhara bastante. Continuou lendo, culparam-no por não ter ido ao enterro-, matara um árabe. Sentia-se estranha, terminara-, se levanta. Percebe o desaparecimento do feixe de luz.

É o meio-dia, o sol está a pino-, sua sombra está pequena. Alicia pegou o livro, coloca-o debaixo do braço-, lera-o de manhã. Fecha o portão, o calor é insuportável-, um cachorro late, o ônibus passou-, esperara-o, atravessa a rua. Virou à direita para a Rua H, caminhara pela Avenida P-, está na Avenida E. Alguém havia morrido, o velório está cheio-, repara no sorveteiro de chapéu e roupas brancas. Vê uma criança alegre, está em dúvida se escolhe o de chocolate ou o de morango-, pega o de milho-verde. A banca de jornal está vazia, a dona conversa com uma outra mulher-, comprara o resumo das novelas.

Como adora a Avenida E, toda arborizada-, cheia de frescor. As árvores eram grandes, o sol esforçava-se para projetar algum feixe de luz-, era serena. Passara em frente a uma escola, todos estavam de branco-, saíram apressados. Viu uma casa abandonada, há sacolas e roupas sujas, velhas espalhadas-, uma mulher de olhar cansado acena de dentro, Alicia retribui-, acena a cabeça. Reparou na placa de aluga-se, chegara ao seu destino-, gostaria de morar ali.

Parara em frente à escada, reparou na frase pichada na fachada-, diziam não ouvir o famoso radialista da cidade. Subiu as escadas, são sete degraus-, colocara o pé esquerdo primeiro. Assinou o caderno, fora direto à seção circulante -, testa a sua rubrica. Um homem gordo tem dois botões da camisa abertos, está embaixo do ventilador-, olha para ela. Ele a repugna, usa um grosso cordão de ouro sobre o peito. Manda-a pegar um marcador. Alicia não lhe dá atenção, caminha para as estantes.

Pegou dois livros, os nomes deles chamaram-lhe a atenção-, gosta de ler o primeiro e o último parágrafo. Achara interessante a mistura das badaladas do relógio com o choro, mas gostou mais do jovem de passo tardo, vacilante-, ambos estavam numa dessas tardes quentes do princípio de julho. Alicia coloca um dos livros na estante, reparara na Bibliotecária na fileira ao lado-, estava recolocando-os, parava-, Luciana alinhava-os simetricamente. Volta, folheia o livro escolhido-, pega o seu marcador, coloca-o entre duas páginas quaisquer. A Bibliotecária está agora ao seu lado, não concorda-, sabe ter colocado corretamente o livro de volta à estante. Saiu, pega o corredor principal rumo ao balcão. Agora são três botões, sente nojo-, o barulho do ventilador é ensurdecedor.

No lado oposto à seção, na outra extremidade-, está a máquina fotocopiadora. Um pequeno rapaz opera-a atrás do balcão, a fila está grande. Os livros ficam empilhados em uma mesa de madeira, elas são altas-, é preciso cuidado para não desmoronarem. Na fila todos esperam a sua respectiva vez, têm rostos pálidos-, ficam fascinados com a luz. Esta é a luz, ela nunca vai embora. Alicia reconhece diversos companheiros de escola, resolve sair rapidamente. Não quer que a vejam, almeja chegar em casa-, estando no seu quarto, começaria a ler a história do jovem extraordinário.

Alicia acordara, desligou o despertador-, o relógio marca 5h59. Está virada para a parede, ficou triste pela moça ter perdido o seu véu-, seu pai morrera. Concordava com o assassinato da velha, mas não com a da sobrinha-, sentiu toda a euforia do momento. Tentava se encaixar em uma categoria, o jovem divide a humanidade em duas-, pensa. Regina adentra, notara o atraso-, está raivosa. A mãe prostrou-se ao lado da cama, não notara o feixe de luz-, começa a ladainha. Ela enumera a ordem da vida: acordar, trabalhar-, dormir. Em tom ríspido, pergunta o porquê da filha estar ainda deitada-, estando há tempos acordada. Alicia responde estar trabalhando, após a réplica sarcástica da mãe-, a filha tréplica estar pensando em coisas importantes. Ouve gritos de raiva, houve sons dos sapatos-, tenta dormir.

André Bazin e o Estudo da Ontologia da Imagem

0

André Bazin (1918-1958) é o mais importante crítico da história do cinema. Ele foi um dos fundadores da principal publicação especializada sobre cinema de todos os tempos: a revista francesa
Cahiers du cinéma. A revista serviu como embrião de jovens cineastas que viriam a ser os mais representativos da Nouvelle Vague no final da década de 50, como François Truffaut e Jea-Luc Godard. Bazin é considerado o “pai” da crítica cinematográfica. Ele desenvolveu um conjunto de linguagens que fundamentavam e embasavam o exercício da crítica cinematográfica nascente.

A importância de André Bazin para a história do cinema não se resume à crítica cinematográfica. Ele foi também um dos maiores teóricos que se debruçaram sobre temas inerentes à Sétima Arte, indo desde preocupações formais, conteudisticas e, até mesmo, históricas. Um dos seus estudos mais importantes encontra-se no seu artigo para a Cahiers du cinéma, em 1945, intitulado Problème de la peinture, no qual ele trata da ontologia da imagem. Neste artigo, Bazin discorre sobre a importância da imagem ao longo da história da humanidade, bem como qual o significado atribuído a ela e sua relação com o processo de constituição ontológica do Ser.

Uma das principais características do Ser, no seu processo de constituição ontológica, é a sua consciência de efemeridade. O Ser sabe que o tempo é voraz e que a morte é iminente. Mesmo assim, ele luta, ou joga xadrez, contra ela. Uma forma de tentar vencer a morte é a tentativa, segundo Bazin, de criar artifícios para sustentar a perenidade material do corpo. Com isto, como afirma Bazin, satisfaze-se uma necessidade fundamental da psicologia humana: a defesa contra o tempo. Já que a morte é senão a vitória do tempo sobre o Ser. Para o pensador francês, fixar artificialmente as aparências carnais do Ser é salvá-lo da correnteza do tempo mortífero.

De acordo coma tese de Bazin, o Ser busca vencer a morte e o tempo a partir da perenidade da forma, que possa ser dotada de destino temporal autônomo. No antigo Egito, mumificavam o corpo, para que ele pudesse ser eterno. Com o advento da pintura, pode-se transpor o Ser em sua forma e essência para um universo ideal à imagem do real, onde ele seja eterno. Na literatura, temos exemplos daquilo que Bazin chamou de “complexo de múmia”, como no romance O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, e no conto “Retrato oval”, de Edgar Allan Poe. Em ambas obras, há a tentativa de vencer a morte e o tempo a partir da imagem, tornando-se, desta forma, imortal.

Bazin salienta que com o advento da fotografia e, posteriormente, do cinema há o “embalsamento” do tempo, subtraindo-lhe, desta forma, a sua própria corrupção. Bazin afirma que, pela primeira vez, a imagem das coisas é também a imagem da duração delas. O filme não se contentaria, de acordo com Bazin, em conservar o objeto e o Ser lacrado no instante. Ele cria um conjunto de instantes, aquilo que Bérgson chamou de Durée. Ou seja, ao criar este tempo autônomo, ele se desvencilha do tempo que corrói e que causa a morte, para criar uma existência perene.

A criação de um tempo autônomo, criado pelo cinema, desvencilharia-se da mortalidade. As características do Ser estariam salveguardadas eternamente numa imagem, constituída de uma duração. Ou seja, a duração (durée) se desvincula do tempo real, objetivo e corrosivo, criando um tempo autônomo, independente e expositivo, pois expõe os anseios da perenidade da forma e da existência do Ser.

No seu artigo, Bazin analisa o impacto que a imagem possui, bem como a sua importância para o processo de constituição ontologia do Ser. Ele salienta que o homem tenta vencer a morte (um dos principais elementos de consciência ontológica como nos mostra Ingmar Bergmam no seu filme O Sétimo Selo, Det Sjunde inseglet, 1956) a partir da perenidade da forma e através da luta contra o corrosivo tempo objetivo. Para tanto, a pintura, a fotografia e, mais ainda, o cinema têm um enorme impacto no processo de constituição ontológica do Ser, pois servem de instrumento na tentativa de vitória no eterno jogo de xadrez contra a morte. Através da imagem, o homem transpõe elementos do real para uma outra realidade perene, onde ele possa se identificar como Ser, para todo o sempre. Al Jek Mat.

Cólera

0

IX Araraquara Rock

0

Araraquara é a cidade do Rock Independente há nove anos através do Festival ARARAQUARA ROCK. Pelo palco da cidade passaram bandas de todas as regiões do país, além de bandas de peso dentro da Cena Independente, tais como Violeta de Outono, Mercado de Peixe, Gram, Matanza,Canastra como até mesmo CJ RAMONE. Neste ano, o Festival tem início no dia 08 às 20h00 no SESC com o show das bandas SEVENT e DEAD FISH, que tocou aqui em 2004, ao lado de Wander Wildner, Cachorro Grande.

Nos dias 09, 10 e 11 de julho o Fesrtival processegue no Teatro de Arena a partir das 16h00 com sete bandas selecionadas e três bandas convidadas por dia. Todas a atividades são gratuitas e altamente recomendadas. Tem-se como destaque deste ano duas bandas: TERMINAL GUADALUPE, banda Curitibana selecionada no Festival de 2005 e agora convidada, e a banda Punk CÓLERA, uma das mais importantes do gênero. Outra banda de destaque é ANGRA, que abriu a turné REBIRTH em Araraquara em 2001.

SITE: http://www.araraquararock.com.br/

Segue abaixo a programação completa:

08 de Julho SESC - ARARAQUARA
“Abertura Oficial”
20h00 - Sevent
21h00 - DeadFish

09 de Julho – 17h30
Teatro de Arena Prefeito Benedito de Oliveira
17h30 - Gametas (Rio de Janeiro – RJ)
18h00 - The Midnight Sisters (São Paulo – SP)
18h30 - Fenícia (Descalvado – SP)
19h00 - Baranga (São Paulo – SP)
19h30 - Hierofante Púrpura (Mogi das Cruzes – SP)
20h00 - Single Parents (São Paulo – SP)
20h30 - Collateral – Banda local vencedora do “Esquentando as Guitarras 2010”
21h30 - Fabulous Bandits
22h30 - Terminal Guadalupe
23h30 - Made in Brazil

10 de Julho – 17h30
Teatro de Arena Prefeito Benedito de Oliveira
17h30 - Andragonia (Sorocaba – SP)
18h00 - Ace 4 Trays (São Paulo – SP)
18h30 - Rygel (São Paulo – SP)
19h00 - Mother Zombie (Jabotical – SP)
19h30 - Holiness (Erechim – RS)
20h00 - Thriven (Campinas – SP)
20h30 - Adágio (Araraquara – SP)
21h30 - Medgator
22h30 - Korzus
23h30 - Angra

11 de Julho – 18h00
Teatro de Arena Prefeito Benedito de Oliveira
18h00 - Mordeth (Rio Claro – SP)
18h30 - Garrafa Vazia (Rio Claro – SP)
19h00 - Awakke (Araraquara – SP)
19h30 - ForkA (Santo André – SP)
20h00 - Kamala (Campinas – SP)
20h30 - House Goes Down (Araraquara – SP)
21h00 - Cólera
22h00 - Corréra
23h00 - Biohazard